quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Cozinhando

Improvisação musical com objetos de cozinha.


Deni Chagas

Ensino da música nas escolas

          No ano de 1854 é decretado oficialmente o ensino de música nas escolas públicas brasileiras, porém devido a falta de preparo dos professores em ensinar a matéria, no ano seguinte foi instituído um concurso público para que músicos possam ter o direito da lecionar.
          Todavia com a criação da matéria Educação Artística em 1970, o ensino exclusivo da música foi extinto. Porém a lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, ensino voltará a ser obrigatório em escolas públicas (antes era opcional). Foi dado às escolas um prazo de três anos para elas se adaptarem à nova lei. Então em 2011 a disciplina que já deveria valer nas escolas, foi prorrogada para 2012.
          O principal desafio encontra-se na capacitação dos professores, que são formados em Pedagogia e não possuem o conhecimento da matéria para lecionar com qualidade aos alunos. Muitas escolas estão pedindo a criação de concursos públicos para a área (assim como aconteceu em 1854). Atualmente 2% dos professores estão aptos para ensinar música.
          Segundo a professora da Escola de Música da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Maria Betânia Parizzi ao portal R7, a lei não específica conteúdos, portanto as escolas terão autonomia para decidir o que será trabalhado. De acordo com o MEC (Ministério da Educação) o aluno aprenderá ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos, colaborando com o conhecimento da diversidade cultural do Brasil. Além de melhorar as habilidades motoras, concentração, capacidade de trabalho em grupo, ouvir e respeitar o outro.

          O ensino da música trará grandes benefícios para o aluno, desde que funcione, e não seja uma aula de simplesmente puro lazer, como se tornou o ensino de Educação Física.

Daniel Silvestre

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Desenhando Música

Desenhos de Deni Chagas.



Organize qualquer objeto, qualquer forma, e você terá uma outra leitura.




Quando a inspiração vier, evite resistir, expresse-a.



Nada como uma arte abstrata para expressar as ideias mais intimas.


Improvisação Musical com Objetos

          Todos os objetos são percussivos: é só bater que sai um som. Cada objeto, cada material produz um som diferente que combinados com alternância e ritmos podem resultar numa sequência musical.
Improvisar é fácil no sentido de criar algo na hora e difícil no sentido de encaixar com o que está sendo proposto, no caso de uma improvisação em grupo. Para que tenha uma certa ordem e equilíbrio na elaboração é, ao invés de todos realizarem ao mesmo tempo, o primeiro colocar sua sequência sonora.            Em cima da sequência, do pulso e do ritmo os seguintes participantes propõem, um da cada vez, uma outra sequência. Deve se estar atento aos sons que estão sendo colocados e ao som que você está produzindo, para não se confundir e perder o ritmo. Existe uma tendência de cada um fazer um som mais forte para ouvir a si mesmo o que está fazendo, porém não há necessidade. A percussão é um fenômeno musical muito físico, o que faz desse exercício de improvisação uma boa maneira de sentir a batida, de coordenação motora (repetir a sequência de som mesmo ouvindo outras sequências diferente), de não precisar reproduzir sons tão altos. Os sons graves são audíveis, perceptíveis.
          O vídeo "Cozinhando" mostra o resultado de uma improvisação musical com objetos de cozinha na construção de uma cena.

Deni Chagas

Violão

          O violão que conhecemos é resultado de um longo período de evolução. Surgido desde dois mil antes de Cristo o instrumento já possuiu muitos formatos. Existem alguns desses formatos ainda conservados e reproduções que são tocados como o Alaúde e a Vihuela. O violão é um instrumento de cordas que pode executar tanto arranjos quanto melodias e até mesmo os dois, dependendo da formação do executante. Notáveis músicos como Schubert, Paganini e Weber compuserem belíssimas peças musicais para esse instrumento.
          O violão por ser um instrumento muito usado na música popular brasileira e pelo povo, passou a ter uma má fama, sendo considerado por alguns como um instrumento de vagabundagem e, carregando consigo este estigma por muitos anos. Em virtude desta discriminação sofrida pelo violão no Brasil e sua associação, os primeiros que tentaram desmentir esse ranço pejorativo e discriminatório do violão, divulgando-o como um instrumento sério, foram considerados verdadeiros heróis.
          Um dos precursores do violão moderno no Brasil foi o fundador da revista “O Violão”, publicando-a em 1928, Joaquim Santos (1873-1935) ou Quincas Laranjeira, considerado o “Pai do violão moderno” que nos últimos anos de sua vida dedicou-se a ensinar a tocar o violão pelo método de Tárrega (estudo de violão desenvolvido pelo espanhol Francisco Tarrega).
          O violão desenvolveu-se muito em dois grandes eixos da expressão artística no Brasil: Rio de Janeiro e São Paulo, onde surgiram a grande maioria dos grandes violonistas brasileiros, que obtiveram sua formação instrumental com os professores que moravam nestas cidades.
          Para os interessados em musica, mesmo como um hobby, o violão permite a elaboração e reprodução de músicas que por mais simples que sejam proporcionam imensa satisfação. Seja para estudo, para entretenimento com amigos, para realização de alguma declaração de amor ou para uma apresentação em público, o violão é um bom suporte que torna esses momentos especiais.


Como é chamado o violão em alguns países:

-inglês: Guitar;
-francês: Guitare;
-alemão: Gitarre;
-italiano: Chitarra;
-espanhol: Guitarra.


No Brasil, quando falamos guitarra nos referimos a um instrumento elétrico.

Rafael Calegare